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21 de maio de 2021

DESCASO OU INCOMPETÊNCIA? A triste realidade da saúde pública em Sapé

Faltam médicos no hospital, psiquiatra no Caps e até máscaras para os agentes comunitários de saúde 

Miguel Alves em entrevista ao Programa Conversa Fina nesta quinta (20)

O Portal Gestão Pública e Sociedade (GPS) publicou nesta quarta (19), um relatório divulgado pelo Tribunal de Contas do Estado da Paraíba (TCE-PB) sobre a situação da Covid-19 no âmbito dos municípios paraibanos com o objetivo de apresentar uma visão geral dos municípios diante o cenário da pandemia causada pelo vírus SARS-CoV-2, causador da Covid-19, bem como consolidar os relatórios inseridos nos processos de acompanhamento da gestão desses municípios. 

O TCE-PB selecionou diversas fontes de dados oficiais como o Ministério da Saúde, Portal da Transparência do Governo Federal, Secretaria do Tesouro Nacional – STN, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, SAGRES/TCE-PB, Sistema Tramita/TCE-PB e Portal do Governo Estadual da Paraíba. O relatório possui dados que vão até o final do mês de abril de 2021. Os dados advindos do SAGRES/TCE-PB foram coletados no dia 03/05/2021 e refletem a posição das despesas informadas ao citado sistema até essa data. (confira matéria completa em:  http://gestaopublicaesociedade.com.br/sape-e-o-9o-municipio-paraibano-com-o-maior-numero-de-mortes-por-covid-19/).

Segundo os dados apresentados no relatório e publicados na matéria, a Prefeitura de Sapé só teria investido 39% dos recursos destinados ao combate à pandemia e que o Município estaria em 9º lugar em relação à taxa de mortalidade no Estado.

Quem acompanha as propagandas veiculadas pela gestão municipal nas redes sociais, tem a ideia de que todos os esforços estão sendo feitos para que a população sapeense possa vencer a pandemia, mas, a realidade é completamente diferente.

Nos últimos dias recebemos diversas denúncias sobre o descaso com a saúde de Sapé e a situação é ainda mais grave na zona rural. Investigamos as denúncias e constatamos os seguintes fatos: 1) em diversas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) faltam insumos para curativos, medicamentos, material odontológico, algumas unidades faltam inclusive dentista e médico. 2) faltam Equipamento de Proteção Individual (EPI) para os funcionários da Saúde e para os agentes comunitários de saúde. Recebemos apenas 5 máscaras cirúrgicas para trabalhar durante a semana, e este tipo de máscara tem validade indicada, de apenas duas horas! Isso põe em risco a nossa vida e a vida das pessoas que assistimos diariamente.” Comentou André Brito, que é agente comunitário de saúde da área do Assentamento Padre Gino.

Mas a situação de abandono não se restringe apenas às UBSs. Podemos perceber em outras áreas como por exemplo no Centro de Atenção Psicossocial (Caps), onde faltam medicamentos psicotrópicos e médico psiquiatra para atender e acompanhar os usuários.

Na zona rural há cinco microáreas sem agentes comunitários de saúde, dentre elas uma parte da Microárea de Renascença, (distrito importante do nosso município) e Sítio São João (popularmente conhecida como Tira Couro) área onde se localiza a propriedade da vice prefeita, do secretário de agricultura e de um vereador do nosso Município. Nessas áreas, a população fica sem ter acesso à informação sobre calendário de vacinas, sem acesso às vacinas e a diversos outros cuidados à saúde que deveriam ser ofertados pelas UBSs dessas microáreas.

O hospital Regional Sá Andrade, carro chefe da campanha eleitoral do atual prefeito, encontra-se sem médicos, sem medicamentos e sem atendimento humanitário. A impressão que temos é que o município está sem secretário de saúde, sem gestão municipal, sem rumo. “É lamentável, e ao mesmo tempo revoltante, ver a situação que se encontra a saúde do nosso município e como é tratado o trabalhador da saúde! Falo isso porque já fui agente comunitário de saúde e sei a batalha que essa categoria enfrenta todos os dias para cuidar da população das suas microáreas e porque também sou cidadão sapeense, usuário do Hospital Sá Andrade.” Comentou o professor Miguel Alves em entrevista concedida ao Programa Conversa Fina, nesta quinta (20).

“O Conselho Municipal de Saúde tem apresentado as demandas para o secretário de saúde, mas há sempre uma justificativa quanto à licitação. Nada é feito”,  disse André Brito, que também é membro do Conselho Municipal de Saúde e diretor do Sindicato dos Agentes Comunitários de Saúde e dos Agentes de Combate às Endemias (SINDACSACEN).

Diante dessa realidade, fica evidente portanto que a prioridade da gestão do prefeito Sidnei Paiva é marketing e propaganda, promoção pessoal, restando para a saúde, educação, geração de emprego e renda, combate à fome; apenas o descaso!

Queremos prestar nossa solidariedade às famílias das 96 pessoas vitimadas do Covid 19 no município de Sapé e das mais de 400 mil pessoas vitimadas pelo Covid 19 no Brasil.

Da redação do Canal 13.